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Projeto realizado nas cidades de Durban (3 a 23 de dezembro de 2004), na África do Sul, Belo Horizonte (4 a 20 de fevereiro de 2005) e São Paulo (22 a 27 de fevereiro de 2005), no Brasil.
Organizado a partir de parceria entre as iniciativas de artistas CEIA* - Centro de Experimentação e Informação de Arte (Belo Horizonte - Brasil) e PULSE* (Durban – África do Sul), o projeto experimental ESPAÇOS CEGOS / BLIND SPACES teve como motes a linguagem de vídeoarte e o contexto urbano – pessoas e lugares das cidades, propondo uma troca de idéias e práticas em relação direta com os hábitos cotidianos das várias cidades do mundo. Pela primeira vez, duas iniciativas da rede RAIN concebem juntas um mesmo projeto.
*As duas iniciativas pertencem à rede internacional RAIN, apoiada pelo Ministério das Relações Exteriores da Holanda e pela Real Academia de Belas Artes da Holanda (Rijksakademie van Beeldende Kunsten). Enquanto uma rede internacional de iniciativas de artistas, RAIN tem como principal objetivo garantir apoio e suporte para a consolidação de infra-estruturas locais capazes de fomentar a produção artística contemporânea em países não-europeus. Estimular a produção de conhecimento a partir do intercâmbio entre artistas de diferentes culturas e contextos caracteriza uma de suas principais estratégias.
ESPAÇOS CEGOS / BLIND SPACES quis focalizar “núcleos ignorados” pela correria cotidiana, em busca de características reveladoras da cultura urbana dos grandes centros. Através do deslocamento provocado por olhares estrangeiros sobre cidades desconhecidas, espaços, pessoas e situações do dia-a-dia podem desvelar dinâmicas constantes que, muitas vezes, passam desapercebidas por quem vive habitualmente na cidade.
Através de um intercâmbio entre continentes, o projeto pretendia favorecer a colaboração entre artistas, aproximando-os de códigos e símbolos através de suas experiências diretas com o contexto estrangeiro.
O vídeo foi a mídia escolhida devido às suas ilimitadas possibilidades tecnológicas, oferecendo instantânea circulação ao produto visual e permitindo estratégias extremamente férteis nos processos de experimentação de campos alternativos da linguagem visual.
Programação
De 3 a 23 de dezembro de 2004 – Durban, África do Sul.
De 4 a 20 de fevereiro de 2005 – Belo Horizonte, Brasil.
De 22 a 25 de fevereiro de 2005 – São Paulo, Brasil.
No primeiro estágio do projeto, os brasileiros Marcos Hill, Joacélio Batista e Pablo Lobato, assim como o inglês Owen Oppenheimer, trabalharam na cidade sul-africana de Durban, acolhidos pela iniciativa de artistas PULSE. De 3 a 23 de dezembro de 2004, o grupo aproximou-se da realidade urbana daquela localidade, colhendo imagens e vivenciando processos que os conectaram com possíveis espaços cegos.
O segundo estágio começou no dia 4 de fevereiro de 2005, quando os sulafricanos Gregg Streak, Doung Jahangur, Alexander Wafer e a libanesa Nesrine Khodr foram acolhidos pela iniciativa brasileira CEIA, em Belo Horizonte. De 4 a 20 de fevereiro, este grupo esteve desenvolvendo o projeto na capital mineira.
A primeira mostra das imagens produzidas foi em 15 de fevereiro, na Casa do Conde de Santa Marinha (Belo Horizonte, quando os participantes de ESPAÇOS CEGOS receberam vídeo-artistas locais e outros convidados.
No terceiro estágio, os participantes de ESPAÇOS CEGOS apresentaram seus trabalhos no Sesc Pinheiros - São Paulo. De 22 a 25 de fevereiro, além de vários vídeos, foram compartilhadas falas individuais e mesas-redondas com a comunidade paulistana.
O quarto estágio constituiu-se da elaboração de uma publicação de textos e imagens resultantes do projeto criado e desenvolvido por CEIA e PULSE, lançada pelo CEIA em Belo Horizonte, em outubro de 2007.
Convidados
Alexander Wafer
Doung Jahangeer
Greg Streak
Joacélio Batista
Nesrine Khodr
Owen Oppenheimer
Pablo Lobato
Vaughn Sadie
Concepção e realização:
CEIA - Centro de Experimentação e Informação de Arte (Belo Horizonte, Brasil)
PULSE (Durban, África do Sul)
RAIN* – Rijksakademie Artists’ Network
* O projeto Espaços Cegos é uma colaboração das iniciativas CEIA e Pulse.
CEIA e Pulse são parceiros na RAIN – Rijksakademie Artists'Initiative Network.
Coordenação e curadoria:
Marco Paulo Rolla
Marcos Hill
Coordenação editorial CEIA:
Viviane Gandra
Coordenação PULSE:
Greg Streak
Produção executiva CEIA:
Patrícia Matos
Patrocínio:
Stichting DOEN
Ducth Ministry of Foreign Affair Development Cooperation
Apoio:
Rijksakademie Van Beeldende Kunsten
PUBLICAÇÃO:
Edição vídeos e finalização DVD:
Joacélio Batista
Edição e coordenação geral, produção editorial, projeto gráfico, produção gráfica:
Viviane Gandra
Edição imagens, direção de arte, projeto gráfico, composição, arte final:
Pedro Miranda
Tradução/versão textos e legendas vídeos:
Anthony Doyle, Rosana Lucas, Chei
Revisão textos:
Regina Stocklen
Fotografia – intervenção (Em Vão), exposição e making of:
Doung Jahangeer, Greg Streak, Joacélio Batista, Marco Paulo Rolla, Marcos Hill, Pablo Lobato
Fotografia – cartazes:
Fábio Cançado
Concepção capa:
Pedro Miranda
Agradecimentos:
Anita, Casa do Conde de Santa Marinha, Chei, Déa Trancoso, Fábio Cançado, Júlia Panadés, Juliana Alvarenga, Laura Belém, Lucas Miranda, Mameto Muiandê, Miranda Young, Nolhanhla, Pedro Miranda, Ricardo Muniz, SESC Pinheiros - São Paulo, Vaughn Sadie
