MIP3 – Manifestação Internacional de Performance

A mip – Manifestação Internacional de Performance – possui importância histórica no desenvolvimento dessa linguagem em Belo Horizonte e no Brasil. A edição de 2003 foi o primeiro festival internacional de performance do país, envolvendo artistas de diversas regiões brasileiras e de outros países e continentes. Aquela primeira mip gerou um formato de festival que promove a performance em sentidos diversos, por meio de apresentações de artistas convidados, palestras, discussões, workshops e o Espaço Aberto – um espaço criado via convocatória pública, para artistas novos ou já estabelecidos.

Na mip2, em 2009, o festival foi ampliado e envolveu mais de sessenta artistas, sendo naquele momento o maior festival de performance realizado no país.

Agora o ceia realiza a terceira edição, a mip3, cujos artistas curadores possuem uma relação estrita com a história do festival: Marco Paulo Rolla, fundador e coordenador do ceia, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da performance art em Belo Horizonte e pelas edições anteriores da mip; Fernando Ribeiro, artista e curador de performance da Bienal Internacional de Curitiba e da p.arte, participou da primeira mip por meio do Espaço Aberto.

A curadoria retoma estratégias adotadas nas edições anteriores: a diversidade como facilitadora de múltiplos encontros e trocas. A busca foi trazer artistas com notória trajetória e produção artística ainda inéditos na mip e/ou no Brasil.

Considerando a história e o desenvolvimento da performance nesses treze anos desde a primeira edição, a mip3 joga luz sobre as relações do corpo e ação com os espaços públicos (intervenções urbanas). Alinham-se a tais reflexões algumas propostas, conversas, projetos selecionados para o Espaço Aberto, além do workshop com a artista canadense Shannon Cochrane. Por outro lado, no intuito de uma maior abrangência sobre a produção contemporânea em performance, a diversidade da linguagem marca a programação geral. 

É com satisfação que o ceia inaugura parcerias com o sesc mg e o bdmg Cultural, espaços que sinalizam há tempos desejos de aprofundamento em relação à performance. Tais parcerias intitucionais possibilitam a continuidade da mip nessa terceira edição. 

Fernando Ribeiro e Marco Paulo Rolla (curadores mip3)

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